"Travestis me dão nojo." "A homossexualidade
masculina é uma perversão." Essas afirmações, entre outras 15 com as quais
os alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) deveriam
concordar ou não, foram base de uma pesquisa que investigou o preconceito
contra a diversidade sexual e de gênero na instituição.
O resultado: 87% dos alunos têm algum grau de preconceito.
Publicado neste mês na revista científica Sexuality Research and Social Policy,
o estudo do Instituto de Psicologia é o primeiro, em larga escala, que mapeia
este tipo de postura em uma universidade brasileira.
— A homofobia e a transfobia devem começar a ser combatidas
"dentro de casa" — explica o autor principal do artigo, Ângelo
Brandelli Costa, sobre a motivação para realizar a pesquisa.
Dos 8.184 alunos que preencheram o questionário de forma
anônima e voluntária — 30% do total de matriculados na UFRGS —, apenas 12,17%
apresentaram nível mínimo de preconceito. De acordo com Brandelli, qualquer
grau acima disso é preocupante, uma vez que a escala utilizada na pesquisa
avalia o preconceito explícito a partir de afirmativas de extrema
(in)sensibilidade, como as destacadas no início desta reportagem.
O nível de preconceito variou de acordo com o curso e com o
perfil do aluno: homens, heterossexuais, pessoas que declaram ter religião,
acadêmicos das faculdades de ciências exatas e aqueles que vêm de cidades com
menos de 100 mil habitantes responderam de forma mais intolerante aos itens
propostos.
Fonte: Clicrbs
Este estudo possui diversas falhas metodológicas que são discutidas nesta análise estatística de seu conteúdo: http://liberdadeufrgs.blogspot.com.br/2015/05/desconstruindo-pseudociencia-o.html
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